4 de agosto de 2008

Relacionamentos

Sempre acreditei que qualquer tipo de relação tem começo, meio e fim. Por isso não concordo quando alguém diz que namorou por cinco anos, mas terminou porque não deu certo. Deu certo sim! E por cinco anos. Só que acabou. E esse término dará chance para um novo começo, pois se tratando de relações humanas, sempre surgirá um novo amor.

E o novo amor não deve ser inspirado na frase “os opostos se atraem” porque, nessa onda, uma parte deverá ceder muito e a outra se adaptar demais, resultando em alguém insatisfeito. Por isso é imprescindível que existam interesses em comum, pois mudar alguém é dificílimo. As pessoas só mudam quando querem e no momento que sentirem necessidade de mudar. E isso pode demorar anos. Apesar que o tempo não é o importante, pois o envolvimento existe quando rola uma afinidade.

E falando em afinidade, o que é essencial mesmo é a pele, química e atração. As pessoas não se completam. Elas se somam. Isso porque muitas vezes não conseguimos oferecer o melhor de nós para nós mesmos, então como podemos pedir 100% de alguém? Não somos seres completos. Somos falhos e cheios de erros. Não temos tudo e por isso precisamos descobrir o que o outro tem de melhor para lhe oferecer. E isso me lembra uma frase que li esses dias: o que seria do mundo se as pessoas dedicassem 5 minutos do seu tempo para outras pessoas? Tudo poderia ser muito melhor, incluindo as relações humanas.

O toque é um problema. Quando sua pele e de outro bate, ai ai.. qualquer contato é uma delícia. O beijo então é demais. Se o beijo combinar, vá com tudo. Senão, dê meia volta e parta para outra.

Se alguém não te quer mais, não adianta forçar. Todos tem direito de desistir. Não brigue ou faça escândalos. Se a pessoa tem dúvidas, problema é dela. Você só precisa decidir se vale a pena esperar. Tem pessoas que precisam da ausência para querer a presença. Isso é humano. Temos dúvidas, inseguranças e medos. Mas quando alguém realmente gosta volta. Não existe motivos para dramatizar a situação e nem chantagear. O bom é ter alguém que está com você por você e não por pressão.

Ficar com alguém por dó também não adianta, e nem por medo da solidão. Nós nascemos sozinhos e morremos sozinhos. O nosso pensamento é nosso e não é compartilhado. O seu ponto de vista com o mundo é só seu. Tem gente que pula de um romance para o outro. E porque? Medo de estar só?

Gostar de alguém dói. Muitas vezes traz raiva, ciúme, frustração. Mas isso faz parte, pois você namora um outro ser, um outro mundo e um novo universo. E nem sempre as coisas serão como você quer. O problema está nas pessoas que têm medo de se envolver. Essa conversar de “Não to a fim de me envolver com ninguém” é a pior. Se alguém chegar com esse papo, corra, afinal de contas, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, se apaixone por uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor não temos nenhuma garantia. E nem todo sexo bom é pra namorar, nem toda pessoa que te convida pra sair é pra casar, nem todo beijo é jura de amor, nem todo sexo bom é pra descartar ou para apaixonar... ou se culpar.

(Adaptação de um texto escrito há algum tempo atrás)

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