30 de julho de 2008

As mulheres

Pelo direito de resposta a um e-mail recebido intitulado "Os Homens", de pseudo-autoria de Arnaldo Jabor.

Recebi de um amigo um texto que contém nove importantes conselhos sobre a realidade masculina. Sendo que todas as palavras contidas nessa redação só serviram para tentar convencer que a infidelidade do sexo oposto é genética.

Para começar, essa resposta não tem como objetivo iniciar mais uma guerra de sexos, principalmente porque não sou uma feminista. Eu adoro as diferenças entre homens e mulheres e tenho orgulho de cada uma delas. Também não quero tentar provar que não existe pessoa fiel. Existe sim! A resposta é direta para aquele que leu o e-mail e bateu palma.

E antes de ler esse post, peço que leiam aqui o motivo de minha revolta.

Plagiando uma frase: "quem tiver coragem, mande também para sua namorada ou esposa". Mas mantenha sua cabeça aberta, meu caro colega, pois estamos em “2008 e não em 1957”, quando nós vivíamos apenas para servir aos homens. E esse é o momento para entender, de uma vez por todas, que as mulheres deixaram, há alguns anos atrás, de viver em função da felicidade masculina.

Vamos também por tópicos:

1º Não existe homem fiel

Claro que não. E todas as mulheres sabem disso. Mas não pense você que a regra não se aplica ao inverso. Não fique ai achando, enquanto você está na baladinha atrás de um rabo de saia novo, para dar um upgrade no seu currículo falho, que sua namorada está em casa se arrumando para você. Acredita mesmo que aquela lingerie nova, que provavelmente você pagou, foi só para alegrar a sua noite?

As mulheres não precisam apenas de uma bunda para trair. Principalmente porque bunda ela já tem em casa. E ela vai trair com uma facilidade muito maior que você. Ela não precisa investir em ninguém, pois é só colocar uma mini saia, e um belo decote que pronto. Não faltarão maus intencionados – inclusive, muitos deles estavam copiados no e-mail que você escreveu.


2º Não desanime
A mulher também é capaz de trair e de amar ao mesmo tempo. Tem a capacidade de amar você, ser mãe, esposa, noiva, filha e amante. Mas é claro: para trair ela precisa admirar e tem algum envolvimento. Porque, se for pra trair, que seja com alguém muito melhor.
Para a mulher trair precisa apenas de um Homem. Não uma bunda. Um HOMEM mesmo, com H maiúsculo. Ou você ainda tem a ilusão que a mulher só quer fazer amor? Não! Ela quer dar também. E quer dar pelo mesmo motivo que você quer arrumar uma piriguete qualquer. Por puro prazer e não por juras de amor.

3º Não fique desencantado com a vida por isso.
Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres não são tão diferentes quanto vocês imaginam. A mulher não quer ser cercada também e, muito menos, ser infeliz no relacionamento.

O desempenho sexual do cara diminui quando ele tem que pagar uma prostituta qualquer para ter sexo. O cara que não consegue ter um bom sexo em casa é porque não sabe fazer direito. E se não sabe fazer direito, a mulher vai encontrar aquele que saiba. Se for outra mulher, que seja. Nesse momento, vale reforçar que você não fará parte do Ménage à trois, ok?

O homem que ainda acredita que a mulher está realizada na vida ao ter filho e família, continua em 1957. Isso é uma desculpa que vocês mesmo criam para não assumirem que somos todos iguais e queremos as mesmas coisas: Prazer, saúde e felicidade.

Se você ficar gordo e pobre ficará solteiro e terá que continuar a pagar prostituta para ter sexo! Porque não vai encontrar ninguém que te queira, incluindo a sua esposa.

4º Não tente mudar para seu homem ser fiel.
Isso mesmo! Não tente. Mude por você. Mude porque você quer ser gostosa, cheirosa e bem vestida. Mude pelos assobios na rua, pelo gostosão da academia, pelo amigo do código de ética do seu parceiro.

E se ficar muito boa e não resistir às tentações, peça o divórcio e aproveite que o Di Caprio está solteiro!

Deixe seu namorado se distrair. Ele precisa de um lazer tanto quanto você. Aproveite a distração dele e procure algum que se distraia em você.

5º Se você busca o homem perfeito, continue vendo a novela das 6h.
Muito se engana o homem que acredita que perfeição está só na Globo. Claro, ali tem caras bons de se admirar, além de ricos, mas no ambiente de trabalho também tem. Na academia, na rua, no condomínio. Homem perfeito existe em todo lugar, porque não estamos pedindo nenhum fiel. Só aquele mesmo que fará com que a mulher perca o ar. Já falei dele antes, não?

Assim como o homem comprometido não quer uma mulher problema, a namorada também não. Portanto, não se envolva com ninguém. Amigos, amigos, prazer à parte.

6º Tópico para as solteiras ou amantes.

Sabe qual é o tipo homem gosta de mulher fácil? Aquele que tem preguiça até mesmo de investir. E homem preguiçoso, ai ai... que tédio. Imagina esse cidadão na hora H. Hummm.. acho que nem para trocar lâmpada serve.

Agora, se o cara tem preguiça de tentar te levar para cama, não se preocupe! A demanda é maior do que a procura em todas as vertentes. O mercado está cheio de necessitados.

Não se sinta usada! Você também fez ou fará uso dele. Isso faz parte do jogo. Depois que descobriram o tal Ponto G, minha amiga, procure apenas pelos homens que sabem o que isso significa.

Não se vingue, pois a vingança não serve para nada. E ninguém não vale esse esforço!

7º 90% dos homens não querem nada sério
Leve aqui um conselho de uma mulher casada, mãe e bem sucedida na vida profissional. Se os homens estão divididos em duas classes: os que não querem nada sério e aqueles que se cansaram da vida de balada, procure os 10% que não agüentam mais.

Homem que não quer nada a sério é incapaz de amar. São pessoas que precisam pagar prostitutas para ter sexo e que mulher inteligente não consegue manter por perto durante muito tempo.

Viver na balada à caça de mulheres para passar a noite é viver vazio. É não saber como se relacionar e aproveitar o melhor das pessoas ao seu redor. É não ter apoio, carinho e compreensão. É acordar no escuro, no meio da madrugada, buscando um colo quando a vida está uma merda. Porque mais cedo ou mais tarde, sua vida vai estar uma merda.

São homens constantemente insatisfeitos que não sabem como nos fazer rir. E esse profile já está totalmente over.


8º Para ser uma boa esposa e para ter um casamento pelo resto da vida faça o seguinte:
• Procure no lugar certo. Se tiver que ser, será. Só dê valor àquele cara que fizer sua espinha amolecer.

• Não sufoque ninguém porque ninguém é dono de ninguém e as pessoas ficam juntas por vontade própria. Lembre-se: não estamos no século passado e hoje a infelicidade pode ser resolvida rapidamente.

• Seja uma boa mulher. Dê o melhor de si para você e as pessoas ao seu redor. Seja honesta, tenha caráter e faça tudo aquilo que lhe fizer bem.

• Não mexa no celular dele e não permita que ele mexa no seu. Confiança é privilégio para poucos. Por isso, escolha bem a pessoa que você quer ao seu lado.

• Converse sobre a relação sempre que sentir necessidade. Isso é um sinal que você está tentando fazer dar certo. Se ele não quer ouvir, arrume outra forma para extravasar, se é que você me entende.

• Se ele se sentir ameaçado ou sem saída e o casamento começar a ruir, vista aquela saia e decote e parta para outra. Homens não faltam no mundo. Tenha sempre essa certeza.

9º A última dica
Aos homens: Se você ficou revoltado com esse e-mail, e por isso, resolveu me xingar, vá tomar uma água ou ligue para aquela prosti que você comentou. Sexo "desestressa" e cura o mal humor.

Cada um com a sua verdade! Mas não se esqueça que sinceridade demais, também gera sinceridade demais e, muitas vezes, de forma desnecessária.

As mulheres: No fim das contas, o importante na vida é que todas as partes estejam satisfeitas e nenhuma união é obrigatória. Se o cara preza pelo sexo casual, continue solteira.

Não troque o tesão de viver um grande amor pela infidelidade de um cara insatifeito. Amar é não precisar de uma terceira pessoa para ser feliz.

Porque, como já bem dizia Sarah Westphal: De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Profissão? Jornalista!

Me formei em jornalismo com o sonho de ser corresponde internacional. Talvez por uma inocência ou uma malícia de tentar encontrar um significado especial para minha vida.

Claro que isso não aconteceu e eu tive que mudar meu foco. Acredito que boa parte das pessoas que inicia a sua vida profissional, se é que podemos dividir dessa maneira, deve passar pela mesma situação frustrante. É! Demasiadamente frustrante.

Talvez porque nós somos obrigados a decidir já no 3º colegial, forçadamente, a vida iremos levar. São poucos os sortudos que podem adiar essa escolha para fazer um intercâmbio, ou ser sustentado pelos pais durante mais alguns anos. Muita expectativa gira em torno daquele X no formulário do vestibular e isso já irrita e estressa qualquer pessoa, ainda mais os recém-formados. Afinal de contas, a média de idade que temos quando saímos do colégio é de 17 ou 18 anos.

Nessa fase, só queremos ter o direito de entrar na balada de maiores, dirigir, beber e aproveitar a vida, não é? Em famílias mais rígidas, o objetivo de atingir a maioridade é, simplesmente, poder voltar para casa depois da meia noite, o que não acontecia antes.

Bom, como não tem jeito e a pressão vai aumentando, aumentando, até se tornar insuportável, vamos em frente, pois chegou a hora de decidir. E se você não decidir... xiii... ai tudo piora, pois será julgado como aquele que não quer nada da vida, que só pensa em baladas. Poxa, mas já passei tantos anos estudando para acabar o ensino médio que é mais do que justo eu ficar alguns só curtindo, não?

Não! Então vamos analisar. Quando eu estava no colégio, o que eu realmente queria era ser veterinária de grandes felinos. Sempre fui apaixonada por animais e acreditava que já tinham muitos profissionais para cuidar de cães e gatos.

Como naquela época eu desejava uma vida de aventuras, cuidar de grandes felinos no meio da África parecia uma idéia interessante. Tudo mudou na minha entrevista vocacional (também obrigatória). Sentei na frente de uma psicóloga que nunca vi na vida e preenchi 20 páginas de um formulário que, na maior parte das questões, eu não fazia idéia do que responder. Detalhe: como eu queria ser veterinária, tentei manipular minhas próprias respostas para que o resultado desse certo.

Que coisa! Essa história de teste vocacional é uma pegadinha. Porque no meio daquele monte de pergunta sem sentido que a gente se perde para responder, estranhamente, percebi que não gostaria de abrir um leão e olhar seu estômago ou intestino. Também parei pra pensar no que eu faria quando visse ele matando uma zebra para comer. Urghh..

O resultado: Dê preferência para estudar nos seguintes cursos: Letras, História, Direito ou Comunicação Social.
Confesso que fiquei um pouco frustrada, pois nenhuma dessas áreas me chamou a atenção. Cada uma por um motivo específico, que não vem ao caso. Mas eu tinha uma professora que filosofia que eu adora de paixão. Ela sempre tentava me fazer encontrar um caminho sincero sobre quem eu era. (estranho eu não me recordar agora o seu nome, mas me lembro bem de seu rosto). Foi ela quem me ajudou a ler toda a avaliação e me disse: Sempre achei que você daria uma ótima jornalista.

Foi como se uma luz se acendesse. “Vou ser jornalista e fotógrafa! E vou cobrir guerra, pois duvido que alguém queira fazer isso”.

Ahhhh quanto engano! Não só querem, como esse privilégio é para pouquíssimos e bem indicados. Pena que isso eu só fui descobrir depois, né? Porque se soubesse não teria feito essa faculdade. Principalmente porque fui para um lado nada atrativo dessa área: Comunicação Coorporativa.

Falando em Coorporativo, esse é um tema ótimo para abordar no próximo post. Mas só no próximo porque é complexo. =)

Meus únicos 10 motivos para fazer esse blog

:: Abandono de um diário por perda de habilidade com o papel ou caneta
:: Várias verdades sobre mim que quero compartilhar com minha filha
:: Necessidade de me expressar pra mim mesma
:: Abuso da língua portuguesa
:: Reflexões
:: Registro
:: União de duas paixões: ler e escrever
:: Acreditar que o Google nunca acabará e o que eu escrever aqui não será apagado por um problema de HD.
:: Interpretações
:: Compartilhar minhas próprias versões

Coletivo acima de tudo

Dentre todos os assuntos que pensei em abordar ao postar o Blog, o tema moderar uma comunidade é o que mais me chama a atenção e que acredito ser o mais necessário, devido a minha atual função no mundo virtual.

Faço parte de uma equipe (de duas pessoas), que modera e administra duas comunidades no orkut: uma com mais de 3.400 membros, e a outra com cerca de 80 participantes, considerada uma extensão da primeira.Para que eu não comece o primeiro post desse blog sendo parcial, não vou citar qual é o tema principal abordado nesses grupos, pois imagino que, independentemente do assunto, todas as comunidades devem passar por problemas semelhantes, para azar ou sorte dos moderadores.

Hoje, a comunidade maior conquistou um grande espaço e importância no orkut e, atualmente, lidera o ranking como a 2ª maior voltada para esse assunto em quantidade de membros participantes. E, conseqüentemente, também uma das líderes em discussões e discórdias.

Há 3 anos atrás, quando o orkut teve o seu “bum” inicial e parecia ser eterno, a comunidade foi inédita. Por isso, todas as pessoas com esse interesse comum iniciaram a sua participação, em uma fase de ajustes e procura de características próprias.

O Administrador, que representa a 1ª pessoa da nossa equipe de dois, sempre teve a intenção de promover mais que debates. Ele prezava, e ainda tenta, valorizar a integração e amizade entre os membros que participam mais ativamente.

E, apesar de suas tentativas – um pouco frustradas, por sinal – sempre optou por se manter em uma posição imparcial, evitando o contato mais íntimo com as pessoas. Por pura necessidade, pois quando acontece qualquer conflito, ao mantermos uma relação mais pessoal com os membros, esses tendem a procurar nos administradores o seu advogado de defesa.

Só que, apesar de nos relacionarmos via um teclado e monitor, as atitudes, comportamentos e idéias que chegam nos comentários por trás das máquinas são feitos por pessoas. E essas nos fazem sentir e nos cativam no dia-a-dia, impedindo que a gente mantenha a distância por muito tempo.

Sempre leio debates e percebo que existem muitas comunidades que falam mal de seus moderadores. Mas, dificilmente você encontra alguém que tenha um senso crítico mais apurado e defenda esses que também são pessoas (e não robôs). E isso tem me frustrado um pouco e me feito refletir sobre as “obrigações do membro”.

É constante recebermos uma avaliação crítica pela postura dos moderadores, mas dificilmente encontramos uma análise sobre “como ser um membro melhor”.

Ser moderador é um compromisso constante e quase integral. Temos que estar sempre prontos para responder, atualizar, apagar incêndios, analisar e manter a ordem e o bom senso que deveriam vir dos próprios participantes.

Não é incomum lidarmos com situações onde deixamos de ser moderadores para nos tornarmos pais, mães, professores, educadores, ou até mesmo, psicólogos (qualificação que está bem longe da minha profissão). E só com uma boa base de sanidade mental, dedicação e amor pelo que fazemos, (se preferir, inclua um copo de vodka e, até mesmo, um maço de Marlboro - ou para fumar, ou para esmagar) é que conseguimos manter a ordem e boa convivência.

Acontece que manter a ordem não é só nossa obrigação. Prezar pelo coletivo é responsabilidade dos membros também. Mas, como seres humanos, dificilmente as pessoas deixam de lado os seus interesses para pensar no de todos. O que, ao meu ver, é o pior de nossos defeitos: o individualismo.

E olha que eu nem estou abrangendo essa discussão para a valorização do trabalho dos administradores, pois a maior parte dos membros acredita que a função e tarefas realizadas não passam de nossa obrigação. Eles só se esquecem que, apesar de moderarmos uma comunidade virtual por livre e espontânea vontade, diga-se de passagem, não significa que somos obrigados a nos responsabilizarmos pelas atitudes de todas as milhares de pessoas que compartilham de um mesmo interesse específico.

Vou postar situações que aconteceram, ao longo desses dias. Quem sabe algum outro moderador ou administrador leia esse post e, com uma troca de experiência, a gente não consiga pensar em um coletivo que funcione para todos, e não apenas para os membros. ;-)