30 de julho de 2008

Profissão? Jornalista!

Me formei em jornalismo com o sonho de ser corresponde internacional. Talvez por uma inocência ou uma malícia de tentar encontrar um significado especial para minha vida.

Claro que isso não aconteceu e eu tive que mudar meu foco. Acredito que boa parte das pessoas que inicia a sua vida profissional, se é que podemos dividir dessa maneira, deve passar pela mesma situação frustrante. É! Demasiadamente frustrante.

Talvez porque nós somos obrigados a decidir já no 3º colegial, forçadamente, a vida iremos levar. São poucos os sortudos que podem adiar essa escolha para fazer um intercâmbio, ou ser sustentado pelos pais durante mais alguns anos. Muita expectativa gira em torno daquele X no formulário do vestibular e isso já irrita e estressa qualquer pessoa, ainda mais os recém-formados. Afinal de contas, a média de idade que temos quando saímos do colégio é de 17 ou 18 anos.

Nessa fase, só queremos ter o direito de entrar na balada de maiores, dirigir, beber e aproveitar a vida, não é? Em famílias mais rígidas, o objetivo de atingir a maioridade é, simplesmente, poder voltar para casa depois da meia noite, o que não acontecia antes.

Bom, como não tem jeito e a pressão vai aumentando, aumentando, até se tornar insuportável, vamos em frente, pois chegou a hora de decidir. E se você não decidir... xiii... ai tudo piora, pois será julgado como aquele que não quer nada da vida, que só pensa em baladas. Poxa, mas já passei tantos anos estudando para acabar o ensino médio que é mais do que justo eu ficar alguns só curtindo, não?

Não! Então vamos analisar. Quando eu estava no colégio, o que eu realmente queria era ser veterinária de grandes felinos. Sempre fui apaixonada por animais e acreditava que já tinham muitos profissionais para cuidar de cães e gatos.

Como naquela época eu desejava uma vida de aventuras, cuidar de grandes felinos no meio da África parecia uma idéia interessante. Tudo mudou na minha entrevista vocacional (também obrigatória). Sentei na frente de uma psicóloga que nunca vi na vida e preenchi 20 páginas de um formulário que, na maior parte das questões, eu não fazia idéia do que responder. Detalhe: como eu queria ser veterinária, tentei manipular minhas próprias respostas para que o resultado desse certo.

Que coisa! Essa história de teste vocacional é uma pegadinha. Porque no meio daquele monte de pergunta sem sentido que a gente se perde para responder, estranhamente, percebi que não gostaria de abrir um leão e olhar seu estômago ou intestino. Também parei pra pensar no que eu faria quando visse ele matando uma zebra para comer. Urghh..

O resultado: Dê preferência para estudar nos seguintes cursos: Letras, História, Direito ou Comunicação Social.
Confesso que fiquei um pouco frustrada, pois nenhuma dessas áreas me chamou a atenção. Cada uma por um motivo específico, que não vem ao caso. Mas eu tinha uma professora que filosofia que eu adora de paixão. Ela sempre tentava me fazer encontrar um caminho sincero sobre quem eu era. (estranho eu não me recordar agora o seu nome, mas me lembro bem de seu rosto). Foi ela quem me ajudou a ler toda a avaliação e me disse: Sempre achei que você daria uma ótima jornalista.

Foi como se uma luz se acendesse. “Vou ser jornalista e fotógrafa! E vou cobrir guerra, pois duvido que alguém queira fazer isso”.

Ahhhh quanto engano! Não só querem, como esse privilégio é para pouquíssimos e bem indicados. Pena que isso eu só fui descobrir depois, né? Porque se soubesse não teria feito essa faculdade. Principalmente porque fui para um lado nada atrativo dessa área: Comunicação Coorporativa.

Falando em Coorporativo, esse é um tema ótimo para abordar no próximo post. Mas só no próximo porque é complexo. =)

Nenhum comentário: