9 de abril de 2010

O fim

Estávamos juntos há nove anos e tínhamos muitas histórias boas que faziam com que eu tivesse vontade de continuar. Mas passei por uma fase difícil e, depois desse tempo, comecei a ficar muito infeliz.

Me sentia abandonada. As coisas não estavam como deveriam. Tentei conversar, demonstrar meu ponto de vista. Só eu doava. Tudo se baseava em mim. E eu não tinha resposta.

Eu era controlada. Nem meus recados na caixa postal eu conseguia ouvir, pois ela não deixava. Sim. Era ela. Ligar para alguém muito menos. Toda vez que eu tentava, ela reclamava e ficava horas falando no meu ouvido.

Era um relacionamento onde eu nunca ganhava nada. E quando eu queria alguma coisa, era uma briga. Ela me deixava horas esperando por uma ligação, um sms, um sinal qualquer. Eu pedia satisfação, mas ela me ignorava. Se escondia atrás de desculpas esfarrapadas e sem sentido.

Foi então, que um belo dia, eu conheci outra. Ela me deu aquilo que eu mais queria e não me cobrou nada por isso. Me tratou bem, me mandou cartas e agradeceu por estar ao meu lado. E quando eu decidi ficar com ela, a outra apareceu.

Depois de meses e meses em silêncio, ela passou a me ligar toda hora. Eu não atendi, é claro. E, no final, um relacionamento de nove anos terminou com um sms sem resposta minha.

A frase? “Cancele a sua portabilidade e ganhe muitos prêmios. Por favor, Fique com a Vivo!”

3 de abril de 2010

Jogar Verde

Estava pensando sobre o tal "jogar verde pra colher maduro".

Primeiro que a expressão já é bem ruim, afinal de contas, isso é biologicamente impossível, mas pior que a expressão, é analisar em como essa tática é medíocre.

Jogar verde nada mais é do que tentar colher uma informação de uma forma que sua ignorância não fique explícita. Ou seja, alguém te enche de perguntas ou de afirmações, como se soubesse de tudo que está acontecendo, na esperança que a pessoa te revele algo que você fingiu que já sabia.

E aí está o risco. O questionado pode passar a ser o questionador da informação e fazer mais perguntas. Aí, fica aquele embaraço de dar opinião ou relatar um fato que você não faz a menor ideia do que seja.